quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Sala de Situação avalia estratégias de prevenção à violência de gênero contra meninas

Analisar o trabalho realizado pelo projeto Escola Lilás de Direitos Humanos na Restinga e refletir sobre os desafios de trabalhar com jovens, principalmente das periferias, motivou a equipe do Coletivo Feminino Plural (CFP) a realizar uma Sala de Situação sobre ​estratégias de prevenção à violência de gênero contra meninas. A reunião ocorreu no dia 26 de julho, às 14h, na sede do CFP e reuniu 10 mulheres, entre educadoras com experiência na região e especialistas no trabalho de prevenção da violência contra meninas e mulheres e junto à juventude.

A Escola Lilás de Direitos humanos é fruto de uma sistematização em 2010 das experiências do coletivo junto ao público de adolescentes e jovens, definindo- o como um programa de educação de jovens mulheres de contextos diferenciados para o exercício dos Direitos Humanos e do Protagonismo, articulando com a formação de redes e tendo como princípio a solidariedade entre grupos. O objetivo das ações da Escola Lilás é promover o fortalecimento das meninas para o exercício da cidadania, enfocando os Direitos Humanos através de novas formas de ensinar e aprender.

Na sua terceira edição observ​amos algumas dificuldades de realizar o trabalho educativo com as adolescentes na Restinga, bem como, nas atividades do Ponto de Cultura Feminista: corpo, arte e expressão,​ destinado a esse público. Assim sendo, decidimos propor como última atividade da Escola Lilás 2015/2016 uma sala de situação para discutir com agentes locais e estudiosas do tema de juventude e gênero os desafios relacionados ao conjunto de obstáculos de gênero, raça e classe no trabalho da ação educativa com mulheres adolescentes e jovens. O encontro pretendeu promover a reflexão acerca dos obstáculos e barreiras crescentes a participação das meninas em estratégias de prevenção a violência e em seu empoderamento.

Estavam presentes a psicóloga Branca Regina Chedid, a coordenadora do Creas Restinga, Sandra Fouchard, a jornalista com experiência em oficinas de leitura crítica da mídia junto a jovens, Clara Glock, a assessora pedagógica do programa Jovem Aprendiz Mesquita, a psicóloga Cristina Bruel, a cientista social e coordenadora do Coletivo Feminino Plural, Telia Negrão, a cientista social e coordenadora de comunicação do CFP, Léa Epping, a coordenadora da Escola Lilás Leina Peres, e as oficineiras que participaram do projeto, Vanessa Silva, estudante de História, e Roberta Mello, jornalista. O debate foi gravado e todas as dicussões irão resultar em um artigo a ser disponibilizado em uma cartilha sobre violência em fase de elaboração pelo Coletivo Feminino Plural.