sexta-feira, 21 de novembro de 2014

16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher abre programação neste domingo, na Redenção

 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher abre programação neste domingo, na Redenção 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher abre programação neste domingo, na Redenção
Atividades artísticas e culturais e denúncias marcam o período
Em 1991, mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres, dos Estados Unidos, iniciaram a Campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”, com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo.  O período escolhido para a Campanha é bastante simbólico, já que se inicia no dia 25 de novembro – declarado como o dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres – e finaliza no dia 10 de dezembro – dia Internacional dos Direitos Humanos. Desta forma, é feita uma vinculação entre a luta pela não violência contra as mulheres e a defesa dos direitos humanos.
Hoje, cerca de 150 países desenvolvem esta Campanha.  No Brasil, ela é realizada desde 1998, quando a ONG Coletivo Feminino Plural lançou as primeiras ações em Porto Alegre. Em 2003 até 2009, esta ação ganhou abrangência nacional, coordenada pela ong braziliense Agende e  passou a ser comemorada sempre a partir  dia 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra, de forma a apoiar as mulheres negras em sua luta contra o racismo. Atualmente os movimentos tomam iniciativas e promovem as próprias ações.
Mantendo a jornada como  forma de unificar a sociedade em torno do combate à violência de gênero, o movimento de mulheres do Rio Grande do Sul, chamado pela Rede Feminista de Saúde, abre neste domingo, dia 23 de Novembro,  a agenda  da  Campanha 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, às 11 horas da manhã, no Parque da Redenção. Além da distribuição de materiais, as participantes vão realizar atividades artísticas e culturais em torno do tema. Neste ano a programação quer demonstrar as diversas formas de discriminações e violências sofridas pelas mulheres, sendo o seu corpo o alvo dessas violações de direitos humanos, mesmo quando a violência é simbólica. O Ponto de Cultura Feminista Corpo Arte e Expressão e a ong Sempre Mulher  promovem demonstrações culturais.
O ato na Redenção leva como slogans o repúdio à violência de gênero e a todas as formas de discriminação, como o racismo, o sexismo e a lesbofobia. Os movimentos também se somam à organização da Marcha das Mulheres Negras, a realizar-se em abril do próximo ano, à divulgação da Carta das Mulheres com Deficiência e à luta pelo enfrentamento à feminização do HIV e da Aids. A Campanha Ponto Final divulga suas estratégias de ação.
No dia 25 de Novembro, movimentos realizam no Largo Glênio Peres, ao meio dia, ação de sensibilização da população e às 18 horas ocorre uma caminhada  da Esquina Democrática em direção à Praça da Matriz, onde  será feita uma Vigília pelas Mulheres Assassinadas.
Seminários, oficinas, acontecem em todo o período. No dia 1º de Dezembro,  Dia Mundial de Combate à Aids, será apresentado na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia o Projeto Conexões/CFP, que pretende discutir as relações entre a feminização da aids e a violência de gênero. No dia 9, o debate sobre Gênero, Raça/Etnia na Mídia, no Sindicato dos Jornalistas, culminando no dia 10 de Dezembro com a posse do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher às 10 horas da manhã, no Paço Municipal. Várias atividades ocorrerão na Grande Porto Alegre, entre as quais o Seminário “A efetivação da rede especializada para as mulheres de Canoas”, promovido pela Prefeitura Municipal e pela ong Coletivo Feminino Plural.
Informações da programação podem ser obtidas no facebook, no endereço:https://www.facebook.com/events/893051134046141/, ou pelo fone 32215298, com Telia Negrão, Luisa Gabriela, Neusa Heinzelmann.
Abaixo, a programação:
16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher
Novembro23/11– 10h – Parque da Redenção – Ato Unitário do movimento feminista – Preparação da Marcha das Mulheres Negras – depoimentos – cultura – arte. Coletivo Feminino Plural, Rede Feminista de Saúde, Ilê Mulher, Ong Cirandar, Frente de Mulheres do Hip Hop, Sempre Mulher, Col. Mulheres da UFRGS, Ponto de Cultura Corpo Arte Expressão,  Comdim, Sindicato Jornalistas, artistas.
25/11 – Meio Dia – Ação de Visibilidade no  Glênio Peres  – Movimento de Mulheres.
18h – Concentração e Vigília pelas mulheres assassinadas – Esquina Democrática – Levante Popular da Juventude, Marcha Mundial de Mulheres, MTD, Rede Feminista.
Dezembro
1º de Dezembro
, Dia Mundial de Combate à Aids – 13h30 –  Seminário Estratégias Integradas Contra o HIV e a Violência Contra a Mulher – Projeto Conexões – Promoção: Coletivo Feminino Plural, Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da AL, Secretaria Estadual da Saúde, Secretarias Municipais de Saúde de Canoas, Viamão e Porto Alegre, Rede Feminista de Saúde e Campanha Mulheres Não esperam. Local: Sala Adão Pretto da AL/RS. Fone 32215298
2 a 5/12- Capacitação sobre gênero e saúde mental – Projeto Girassóis – Enfatiza a violência sexual e o sofrimento psíquico das mulheres – Convidada Maria José Araújo – Coletivo Feminino Plural, Rede Feminista de Saúde e Prefeitura de Canoas. Sindicato dos Metalúrgicos. Fone 32215298
4/12– Oficina – As mulheres no Carnaval construindo a Marcha das Mulheres Negras 2015 – Fortalecendo os 16 dias de ativismo contra o racismo, a violência e o machismo. Das 17h30 às 19h. Sempre Mulher e Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS – Rua dos Andradas, 1270 – 13º andar. Fone: 51 3344-9591 ou 3340-5808.
5/12 – Gênero e Direitos: Debatendo as respostas judiciais à Violência contra Mulheres – THEMIS com a participação das Promotoras Legais Populares, integrantes do Poder Judiciário, professores e estudantes de Direito. 
14h – Apresentação do vídeo “Arte da Loucura”, documentário de Karine Emerich, Mirela Kruel, com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, da Região Friuli Venezia Giulia, na Capacitação do Projeto Girassóis. Sindicato dos Metalúrgicos, Canoas.
6/12 – Seminário sobre Violência Contra as Mulheres no Trabalho – Fecosul/RS.
Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres – Frente Parlamentar dos Homens pelo Fim da Violência Contra a Mulher – Massa Crítica.
9/12 – 14h – Apresentação e debate sobre a Pesquisa “Por ser menina”, CEP Rua, Coletivo Feminino Plural, movimento pelo Fim da Violência e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
18h – Palestra de apresentação do curso “Gênero Raça/Etnia na Mídia: promovendo a autonomia e enfrentando a violência contra a mulher, por uma comunicação pública e plural” – SPM/RS e Sindicato dos Jornalistas do RS- Rua dos Andradas, 1270 – 13º andar – Fone: 3228-8146; 3226-1735   
10/12 – 10h – Posse do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Porto Alegre. Salão Nobre da Prefeitura.
13h  – Seminário A efetivação da rede especializada  para as mulheres em Canoas. Coordenadoria de Políticas para as Mulheres de Canoas e Coletivo Feminino Plural, parceria com Comdim/Canoas.
Divulgação da Carta das Mulheres com Deficiência – Grupo Inclusivass – Porto Alegre
PÓS JORNADA DOS 16 dias
12/12 – Diálogos Políticos – Monitoramento da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação da Mulher – Tráfico de Mulheres, Saúde e Direitos sexuais e Direitos Reprodutivos – 10 horas – Consórcio Nacional de Monitoramento à Cedaw – Ação Permanente do Movimento de Mulheres. Rede Feminista de Saúde, Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre a Mulher e Gênero da UFRGS, Cladem/Brasil e Coletivo Feminino Plural. Redes e articulações nacionais. Informações fone 32215298.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Escola Lilás de Direitos Humanos


logo escola lilas HOME 150x111 Escola Lilás de Direitos Humanos
Programa Escola Lilás de Direitos Humanos é composto por estratégias de educação em Direitos Humanos de Adolescentes e Jovens, a partir de Metodologias Feministas. O programa desenvolveu-se a partir de 2003, com intervenções na Vila Cruzeiro do Sul – Meninas Sabidas, Protagonismo Juvenil Feminino com Acessibilidade Digital; no bairro da Restinga – Jovens Mães para a Cidadania e Meninas e Jovens Construindo a Cidadania, consolidando-se em um programa permanente da entidade, denominado como Escola Lilás de Direitos Humanos.
A Escola Lilás de Direitos Humanos capacita jovens de contextos diferenciados nas mesmas temáticas, adequando à realidade de universitárias e adolescentes de bairros periféricos de Porto Alegre. Aplica fundamentos da Metodologia Feminista e da Pedagogia de Paulo Freire, articulando fundamentos teóricos e políticos com saberes dos distintos grupos sociais. As atividades são compostas por módulos de aulas, oficinas teórico-práticas e de teatro, música e performance. Nos anos de 2010-2011 contou com o apoio da Rede de Parceria Social/Imama, desenvolvido no Centro de Referência Especializado de Assistência Social da Restinga (Creas/Cecores). Um dos resultados do projeto foi a publicação Metodologias Feministas – A experiência da Escola Lilás de Direitos Humanos, 2011.  Fluxo contínuo.
logo contracenar 2012 PROGRAMAS 150x150 Escola Lilás de Direitos HumanosEm 2012 constituiu-se um grupo feminino de teatro de jovens da Restinga em torno do tema dos direitos humanos e enfrentamento à violência contra as mulheres e meninas, projeto esse denominado “Contracenar para transformar – direitos das meninas em cena!”. Apoio da Rede Parceria Social, Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do RS, SESI-Fiergs, com recursos da CEEE. Parcerias: Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, CRAS Ampliado e CREAS/Restinga. Acesse o Blog: www.escolalilasdh.blogspot.com.br

 Projetos
Canto de Cicatriz - Documentário sobre um tema difícil, cercado de tabus e pactos de silêncio: a violência sexual contra meninas. Depoimentos de vítimas que relatam detalhes dos abusos sofridos intercalam-se a comentários de especialistas, desenhos feitos por crianças abusadas, filmes de ficção e enquetes nas quais ficam evidentes os mitos e preconceitos envolvendo o assunto.  DVD esgotado. Acesse em: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/tv/materias/OLHARES/181660-CANTO-DE-CICATRIZ-(DIRETORA-LAIS-CHAFFE).html
Meninas e Jovens Construindo a Cidadania – Grupos de adolescentes de ambos os sexos, vindos de escolas do bairro da Restinga foram envolvidos em oficinas criativas sobre direitos humanos, em especial direitos sexuais e direitos reprodutivos e sexualidade, propiciando a troca de percepções e representações sociais, o debate sobre mitos e tabus, e o acesso às políticas públicas. Com o apoio da Rede de Parceria Social, Rede Feminista de Saúde, o Centro Infanto-Juvenil Monteiro Lobato, Secretaria Municipal de Saúde e FASC de Porto Alegre. Apoio RSMLAC. 2008.
Jovens Mães – Oficinas de Cidadania, Direitos Humanos – Módulos de conteúdo sobre saúde, direitos sexuais e direitos reprodutivos, com jovens que já exercem a maternidade ou são gestantes no Bairro da Restinga (Porto Alegre). Parceria com o Centro Infanto-Juvenil Monteiro Lobato, Secretaria Municipal de Saúde e FASC de Porto Alegre. Apoio RSMLAC. 2004.
Meninas Sabidas – Protagonismo Juvenil Feminino com Acessibilidade Digital – Projeto desenvolvido na Vila Cruzeiro do Sul de Porto Alegre. Autofinanciado, constitui-se de ações criativas com grupo de meninas em torno de temas por elas estabelecidos em processo coletivo e o desenvolvimento de conteúdos para um site em que elas são as protagonistas. Duração de um ano, em parceria com a Associação de Moradores. 2003.